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sábado, 31 de maio de 2014

Corrida 10k Unicef

No dia 6 de Julho vai realizar-se em Lisboa a corrida 10k Unicef.
Será uma oportunidade de correr pela Unicef e ajudar as crianças. Será uma oportunidade de correr por uma causa.

Bons treinos e boas corridas!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Experiência no golf


No passado fim-de-semana, eu, o Rui e o Ricardo, acompanhados pelas respectivas esposas fomos dar uma voltinha por Setúbal e arredores e ficámos hospedados no Montado Hotel & Golf Resort em Palmela.
Pessoal casado e com filhos (e os sem filhos também): lembrem-se de de vez em quando irem dar uma voltinha com a vossa cara-metade, para manterem a “chama da relação acesa” J. Pode não ser fácil arranjar oportunidade mas vale a pena fazê-lo de vez em quando. Vamos lá malta, o mundo precisa de casais duradouros e felizes J!
Aproveitámos uma bela promoção de um site e lá marcámos. Não foi à 1ªtentativa pois no dia marcado (há uns meses atrás) o Ricardo "resolveu arranjar" uma pancreatite e assim ir hospedar-se para outro lado. Cá para mim foi o nervoso miudinho de mostrar à malta as suas habilidades no golf, pois ele já é experimentado na coisa (jogou 3 ou 4 vezes antes J).
Já divaguei um pouco, agora vamos lá à prática desportiva.
Lá fomos nós à recepção do hotel requisitar o material. Posso dizer que foi mais barato do que pensava. Por 3 € tínhamos 40 bolas à disposição e empréstimo de 1 taco.
Dirigimo-nos à maquineta onde se tirava as bolas e artilhados cada um com 40 bolas lá fomos para a zona de arremesso J (driving range em linguagem técnica, segundo a wikipédia).
Na minha cabeça estava a ideia que íamos lavrar um bocado a relva onde íamos bater as bolas.
E agora como é? O Ricardo deu-nos umas dicas quanto ao posicionamento do corpo e à forma como deveríamos bater na bola.
1ª tacada/ 1ª bola. Foi “épica”, foi um fartote de riso. O Ricardo não assistiu pois tinha um taco de canhoto e foi entretanto trocá-lo. O Rui estava entretido a ver se acertava na bola. Quem viu “certamente” ficou impressionado com “tanto talento” para a prática do golf.
Vamos lá descrever a cena: No relvado existiam duas cordas paralelas no chão (com distância entre elas mais ou menos de pouco mais de 1 metro) que marcavam a “zona de arremesso” das bolas. Coloco a bola em cima do tee (“pinchavelho” que serve de base à bola), mas bastante perto da corda da frente. Resultado: quando dou a tacada para além de acertar nas “orelhas” da bola, enrolei o taco na corda, a corda foi uns metros ao ar e um mini placard de publicidade que estava agarrado à corda foi deitado ao chão. Foi um momento engraçado J. Pode não parecer mas até foi relativamente discreto J. Endireitei a corda, levantei o mini placard e tudo estava bem J. Pronto para a 2ªbola e para as seguintes J.
Claro que depois afastei as bolas das cordas para não voltar a enrolar o taco nas cordas J. Umas tacadas melhores, outras menos boas, mas foi uma bela experiênciaJ. Parece-me que ganhei o prémio para a “tacada mais caricata” e o Rui ganhou o prémio do “maior “lavranço”, pois arrancou o maior pedaço de relva com uma só tacada. De qualquer modo, o Rui em 2 ou 3 ocasiões atirou a bola para distâncias bem consideráveis. O Ricardo despachou bolas com fartura e também deu umas tacadas valentes.
Nas primeiras 10 bolas andei a tentar acertar a posição e fui tendo noção de que dava a tacada como estivesse a rematar à baliza com um stick de hóquei. Pratiquei hóquei em patins durante 15 anosJ.
Apesar de ter corrigido o posicionamento e o movimento da tacada percebo que ajudaria ter tido umas lições de golf para fazer o movimento como deve de ser.
Das 70 bolas que “atirei”, talvez 5 ou 6 possa classificar como boas (a bola saiu do chão, fez um arco razoável e ainda foi a alguma distância), umas 10 como razoáveis e o resto menos boas, para um nível de principiante.
Concentração! Olhar para a bola! Digam lá se não parece que vou rematar à baliza?
Concentração. Olhar para o campo! Porque será que a corda da frente não está muito direita :)?

Aqui vai disto! Bela tacada :)

O objetivo principal desta aventura no golf foi mesmo experimentar o golf e divertirmo-nos juntos. Isso foi claramente alcançado J.
Divirtam-se!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Trilhos do Javali - Tapada de Mafra


 
Foi uma manhã rezingona e submersa em preguiça que nos recebeu na Tapada de Mafra. Muita gente, muito animada… demasiada gente demasiadamente animada para a hora da manhã a que tive de acordar, empacotava-se no hall de entrada da tapada, o parque de estacionamento.

Estávamos na encosta virada a norte, e a Tapada, com as suas colinas abertas ao nosso redor, abraçava-nos num vale húmido, resguardado do sol. O ar que dela se respirava, o seu perfume, acalmava os meus protestos mudos por aquela matinal alvorada.

Muita gente agasalhada, vestida de fato de treino, de sapatos de caminhada calçados esperava-nos. Sentia-me constrangido, como que mal vestido, apenas com os meus calções e a minha t-shirt técnica. Só  conseguia descortinar umas 6/7 pessoas que se encontravam preparadas para correr.

Depois do lento despertar dos ligamentos e dos músculos no aquecimento, reparamos que o aglomerado de humanos se dirigia em marcha lenta para uma cerca onde se iniciaria a prova. Qual bacorozinho de leite, resolvi seguir a manada.
 
Entramos pela tapada a dentro, mas não via sinal do portal de partida. Por precaução resolvi por o GPS a funcionar, alargar o passo, até que passam por nós dois participantes a correr… Afinal, já tinha começado e nem demos por nada. Começamos a correr.

 
E depois de nos passear num idílico túnel verde primordial, a prova lança-nos por uma sucessão de rampas, onde a inclinação aumentava e a terra batida e nivelada dava lugar ao substrato rochoso gretado, com o âmago rasgado pelas chuvadas de Inverno. De repente esvaiu-se todo o romantismo.

 
Primeira poça de lama, primeiro banho rejuvenescedor para a pele. Tenho o pé direito tão macio. Passadas mais pesadas…

 
Ultrapassadas as primeiras subidas, seguem-se as descidas. Se eu já adorava fazer rampas, passei a vibrar com as descidas técnicas. Sabem, aquelas ingremes em cascalho? Em que, baixando o centro de gravidade como se tivéssemos a fazer slalom na neve, conseguimos ganhar uma velocidade vertiginosa. Sim, sim eu sei é perigoso e dá direito a estripar-me todo, mas até isso acontecer ninguém me tira estas cavalgadas épicas da cabeça.
 
(não percebo porque é que há gajos que param de correr para tirar fotos)

Ao primeiro abastecimento ainda íamos os três juntos. Seguimos para outra sucessão de montanhas para ultrapassar. O Pedro sempre a motivar para não desistir nas subidas.

Entretanto, o Joel, que só ia fazer os 12 kms, ficou para trás e nós fugíamos por trilhos e veredas, seguidas de veredas e trilhos até chegar ao 2º abastecimento, onde finalmente voltamos a encontrar pessoas. E seguimos para a 3ª e última parte da nossa aventura.

 
Mas estávamos completamente sós. Já não víamos corredores à frente para ultrapassar nem ninguém que nos perseguisse.

A terra era nossa e nós pertencíamos à terra. Finalmente tínhamos penetrado no coração da Tapada, lá no topo tudo à nossa volta era verde. Estávamos num templo à vida construído no momento da criação. Com o chão feito de húmus, colunatas de troncos que sustiam o capitel, a copa das árvores. O tecto… o tecto esse era o céu.

Passamos a casa de mel e o centro de recuperação do lobo ibérico. Saltávamos por cima de bosta de veado, fezes de javali e desviávamo-nos de dejetos de coelho (não se pode falar em cocó aqui no blogue, é uma regra).

Seguiu-se a maior descida técnica que alguma vez encontrei, num longo túnel de plátanos e sobreiros, que serpenteava por ali abaixo. Mais uma vez dobrei ligeiramente as pernas, baixei o centro de gravidade, e lá fui eu… naquele momento… eu era uma criança que brincava na rua… eu era uma cabra que saltava por ali abaixo… eu era um falcão peregrino que punha as asas para trás e deslizava num voo picado…



Por fim, começamos a correr paralelamente ao muro de cimento que isola a Tapada. Sabíamos que estávamos a chegar ao fim desta aventura. Acelerámos para fazer boa figura no final… e reencontramos o Joel e voltamos às pessoas, voltámos aos carros, voltamos à realidade. Até à próxima…

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Corrida Entre Verde(Serra) e Azul(Mar)




Muito Azul e muito Verde.
Também o Branco, o Branco das nuvens que brincava com o Azul do céu atravessado por raios Amarelos do sol.
Lá em baixo o Castanho da terra calcado com o Cinzento das pedras tornavam-se uma tela do muito Verde.
Verde arborização que tentava tocar no muito Azul.
O Azul mar, o Azul tentação.

 

Na Malveira combinada, a encostada na serra de Sintra, estaria o inicio da prova e para lá fomos, eu e o Zemi, à procura dos nossos dorsais e do local de partida.

Ainda bem que fomos cedo, antecipamo-nos à confusão dos retardatários e assim tivemos a possibilidade de estacionar onde queríamos e pusemo-nos a estudar o tipo de trilhos que iriamos encontrar na corrida. E claro, para afinar pequenos pormenores. Mesmo aquela situação do plástico que continha o dorsal e que por coincidência tinha também um código de barras. Nos trails, o plástico tem o seu porquê. O formato todo-o-terreno deste tipo de corrida obriga a uma atenção especial na durabilidade e integridade do dorsal. E tudo o que tem código de barras é passível de ser lido por uma luz laser. Este trail não era excepção. E assim foi no inicio e no fim. Felizmente tivemos tempo para voltar a pôr o dorsal no peito com o respectivo plástico. A imagem de rookies já ninguém nos tirava.

Excelente o panorama que nos assaltava os sentidos ao longo das passadas vigorosas que marcavam o ritmo na prova.

A diversidade arbórea era invejável e mesmo sendo uma zona pouco extensa, permitia horas e horas de estudo. Memorizei o local para uma posterior passagem e ainda aproveitei para apanhar umas sementes de capuchinha e de feijão selvagem.

Passado o 1º Km, as arvores deram lugar a plantas rasteiras e a terra batida transformou-se em rochas e gravilha.

Apartir dai corremos em paralelo como mar e os nossos pés começaram a "bandear" ao sabor dos ângulos das rochas que formavam a pista da corrida.

Nesta altura perdi o Zemi e os trilhos tornavam-se menos largos.

Nova mudança de direcção e com o mar nas nossas costas apontámos para o casario elitista no topo da montanha. O sofrimento duplicou mas a vontade de lá chegar dava ordens às nossas pernas para não pararem.

Cada cruzamento de trilhos e caminhos tinha alguém da organização a direcionar-nos para a opção certa. Só se perdia quem queria!

Um abastecimento aos 5 Km´s e outro aos 10 Km´s (dispensável na maior parte das provas até 13 Km´s, mas benvindo face ao calor da manhã, permitia o refrescar do corpo e da mente.

Mais uma mudança de direcção, desta vez as montanhas ficaram na rectaguarda, o mar nos nossos olhos. Esta foi a parte mais rápida da prova. Era sempre a descer. Tão a descer, que esqueci-me da prevenção e deixei as pernas ao rolantim!

Teria sido um momento Marvel, se a sorte não estivesse comigo. Na rapidez da descida e na confiança desmesurada bato com a ponta do ténis numa pedra saliente e teria sido um voo à super-homem, mas sem capa, sem a faculdade de voar e quase de certeza sem dentes!

No entanto consigo ganhar equilíbrio na passada seguinte e ufff ………volto à condição de comum mortal!

Lá em baixo retomamos o inicio da prova e por entre o arvoredo e intricadas passagens damos de caras com mesmo portal que nos serviu de partida.

Já está, a minha quota anual de trails está atingida!

Os meus joelhos agradecem, e os mesmo pés festejam.

E qual foi o Momento Invulgar(mente delicioso) da corrida?

O pão com chouriço no saco das lembranças!


Então e o tempo?

Não penses mais nisso,
Come mas é o pão com chouriço!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Olhó Javali! Foto-reportagem do passeio na Tapada de Mafra


No passado Domingo dia 18 fui até à tapada de Mafra para percorrer os “trilhos do javali” (nome dado pela organização do evento).
A simpática mascote da Tapada de Mafra :)
O nome indiciava que haveria encontros imediatos com javalis. Tive oportunidade de os avistar, mas com a devida distância J.
Cheguei à tapada de Mafra um bocadinho em cima da hora e encontrei-me lá com o Pedro e com o Zé. Chegado lá fui informado que desta vez não havia dorsais. Além disso apercebemo-nos que a grande maioria dos participantes iriam caminhar. Condições propícias a um belo passeio!
Ambiente descontraído por aquelas bandas!
O Pedro e o Zé claro que iam correr, logo eram candidatos ao Top 10 da corrida J!!! Conclusão retirada do facto de não haver mais do que 10 participantes com pinta de corredores, condição na qual se incluiam os meus caros colegasJ!!! Como não tenho corrido quase nada decidi apenas fazer os 12 kms e em ritmo de passeio para apreciar as vistas.

A representação do Team no evento! O Pedro o Zé e eu! O pessoal que iria procurar javalis :)

Aproveitámos o antes e os momentos iniciais da prova para "trocar uns bitaites" e para "pôr a conversa em dia".
Primeiros kms em corrida ligeira, com uns intervalos de caminhada nas subidas.

O pessoal em plena prova! Ritmo calmo!

Acompanhei o Pedro e o Zé nos 4 ou 5 primeiros kms e depois fiz o resto a caminhar nas calmas e a apreciar as vistas. Fizeram eles mais depressa os 18 ou 19 kms do que eu fiz os 12 kms J.

Foi a 1ª vez que visitei a Tapada de Mafra, um belo local para caminhar na Natureza.
Uma selfie em plena Tapada de Mafra

As vistas de um ponto um pouco mais elevado.

Tranquilidade!

Os raios de sol a "atravessarem as àrvores"

Uma das partes mais belas do percurso!

Belas àrvores!

Satisfação pelo cenário!

Belos caminhos!

Passagem ao lado da casa de hóspedes

Olhó javali!!! Finalmente avistaram-se os javalis!!!

O descanso do javali!!!

A caminho da "meta"

Belo passeio J!!!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Em nome do Choco Frito ……….marchar……….marchar! Meia Maratona de Setubal 2014


O objectivo era o ataque a esse complicado inimigo das dietas de verão……………o choco frito. Decidimos atacar o seu bastião, um ataque objectivo, incisivo mas pleno de ferocidade.

Pela alvorada subimos para o nosso Panzer Tiger Preto, rumo à capital inimiga. Foi formada uma Task Force de 5 elementos altamente motivados para a persecução da missão: Edu "Baby Face", Crusty Pete, Crazy Zemi e Phil Metal Mouth. No rendez vouz definido encontraríamos o Nando HangOver.


A moral estava em alta mas um bocado ensonada.

Passámos as linhas inimigas e procurámos dissimuladamente um local para deixar o nosso veiculo armado. Não foi difícil. A praça central encontrava-se calma e com pouca gente naquela hora da manhã.

Encontrámos o nosso informador, de forma a obter as nossas credenciais para uma livre movimentação. Não era nosso desejo levantar suspeitas.

Analisamos o local e as redondezas e decidimos vestir as nossas indumentarias, de forma a infiltrarmos-nos no campo inimigo sem sermos identificados.


Entretanto, enquanto passeávamos por entre o inimigo, um momento aflitivo pôs à prova Crazy Zemi e Phil Metal Mouth. Um dos agentes inimigos bloqueou a passagem e numa forma algo suspeita, tentou ludibria-los através de um suposto modo de chegar ao alvo da nossa missão.

O que vale é que esta Task Force não se deixa enganar por supostas formas de atalhos. Sabíamos ao que íamos. E sabíamos como fazer.

10H em ponto e dispersámo-nos pelo pelotão. O calor apertava. Ia ser uma missão difícil.

Dado o tiro de partida, seguimos até aos 7 Km´s em bom ritmo.

Phil Metal Mouth passou por mim mas depois apanhei-o de volta ao centro da cidade. Os restantes seguravam a retaguarda.

Foi difícil prever o itinerário. Este ano houve uma alteração profunda dos locais de passagem.

A organização também não ajudou, já que não colocou avisos de Km´s ao longo da prova.

Foi a bom sofrer que passámos pelo meio da cidade. Lutávamos contra o asfalto quente, as rotundas enviesadas, as subidas suadas e as descidas venenosas.

Mas chegamos ao fim com êxito.

O grupo estava cansado mas moralizado. Tinha-se finalizado a 1ª parte da missão. Agora restava um ataque furtivo.

Nando Hangover despediu-se do grupo. Ele iria ser o isco na tentativa de chamar a atenção do inimigo.

Desejámos-lhe boa sorte no regresso.

Nós, os restantes, tratámos de nos reestabelecer da fadiga e da falta de agua no corpo. Era importante recuperar a clarividência.

Despimos os fatos de combate e tornámo-nos combatentes à paisana. Era importante tal alteração. Para conseguirmos chegar até ele.

O resto foi duríssimo.

Entrámos no HQ inimigo. Posicionámos a nossa vontade e a nossa tenacidade. E demos cabo dele e de tudo o que estava à volta. Pão, azeitonas, rissóis chamuças foi tudo tragado com ferocidade. Demos cabo do líder dele e não sobrou pedaço. Apenas sobrou uma garrafa de vinho branco vazia para contar o que tinha acontecido.


Missão Cumprida.

 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Choco Frito e as Mulheres de Setúbal - Meia maratona de Setúbal



Foi banhados num manhã de luz e calor que nos direccionamos para Setúbal (Eu, o Pedro, o Eduardo e o Filipe), tínhamos uma meia maratona à espera seguida de um almoço à base de choco frito.

A meio da travessia da ponte 25 de Abril noto que, depois de ter deixado o relógio GPS a carregar durante a noite, me esqueci dele em casa... para além do calor e da lesão da semana passada, seria mais uma desculpa para fazer a prova com uma táctica defensiva. As desculpas que eu arranjo para correr devagar.

Lá chegados, estacionados, equipados e devidamente "dorsalados" dirigimo-nos para o portal de partida, encontramo-nos com o Fernando, e pouco depois deu-se a partida...

Arranquei a trote pelas ruas e bairros da cidade, sem saber a que velocidade ia ou quantos quilómetros já tinha feito. Já há muito tempo que não apreciava uma corrida sem objectivos de melhorar tempos ou distancias, o simples correr pelo correr, pela experiência do passeio.

E assim foi, pelo menos até sensivelmente ao quilometro 15, primeiro fiz companhia à Cláudia durante um km, cumprimentei o Chaiça contudo o que mais me impressionou foi o constante apoio mostrado pelas centenas de mulheres de Setúbal, mulheres de peito aberto, sem medo de gritar nem de puxar por nós.

Todavia, resultado do tempo acumulado de corrida e principalmente do calor que imperava em Setúbal, passei os últimos 5 kms em conflito interno para não desistir, em grande dificuldade e a gritar comigo próprio para não parar de correr (gritava internamente estejam descansados que não andei aos gritos pela Avenida Todi abaixo). Na recta da meta ainda tentei sprintar mas o corpo não respondeu.

Resultado final: 1h55m não é mau tendo em linha de conta que:
                são apenas mais 2 minutos que o meu record
                ia sem relógio e incapaz de controlar o meu tempo;
                estavam 29ºC em Setúbal.


No final vingámo-nos sobre tiras de choco fritas e crocantes por estarem envoltas em farinha de milho, acompanhado de um branco gelado  Montado, a falar sobre mulheres... ups não era para dizer.

Tasca da Fatinha, estás dentro do meu coração... e estômago... e fígado... e ... :)


Nota: Tenho que fazer um blog de restaurantes!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Rolling Stones em Sesimbra – (Ultra)Trail de Sesimbra 2014


Já sabia. Isto seria novamente um sofrimento. No ano passado foi o que foi! E este ano o calor voltou!

OHHHHHHH …………….o calor voltou……………..o calor voltou………….o calor voltou…………….(desculpem ….ainda estou em época de festejos!)

Este ano voltei a Sesimbra, desta vez, com o "co-piloto" Eduardo.


O homem esta super motivado. Acho que nem tinha conseguido dormir nada de jeito, tal a excitação.

Chegamos bem cedo.

A praia estava um sossego. Toda a praia? Não …..toda não!

A meio, com o passar do tempo, foi-se enchendo de cores vivazes e flash(s) fotográficos.

Este ano a organização alterou o ponto de partida. Com saída a meio da praia de Sesimbra, era ver a massa colorida a dirigir-se para as arribas sesimbrenses. A pressa de uns contratava com o passo relaxado de outros. O trail é uma coisa muito pessoal!


Este ano voltei a não ter coragem para o ultra dos 55 km´s.

Este ano arranjei a desculpa que ia mostrar o que era o trail de Sesimbra ao Eduardo. Mal sabia que o homem tinha feitio "cabra montanhês", ou seja, fui eu que demorei a prova dele!

A organização voltou a estar fantástica. Só "pecou" pelas cervejas mornas no final da prova e não ter juntado o local da partida com o local de entrega dos dorsais. Andávamos desesperados à procura da entrada do Hotel do Mar.

Comecei logo a perceber que, novamente, seria uma prova dos infernos quando apartir do 2º Km as pernas começaram a ficar presas e pesadas.


O Eduardo andava numas maluqueiras. Cantava, corria e apreciava as vistas nos dois horizontes (o perto e o longe). Criei um monstro, pensei eu. Temi pelo pior!


Pior, entretanto, ficou o piso. O cascalho era um reboliço de pedras rolantes que desafiavam a aderência dos ténis. E as subidas, senhores, as subidas! Parecia uma procissão ao Olimpo!...............e nunca mais lá chegávamos!


O calor apertava e nos postos de abastecimento só procurava água. Bendita agua!

Percebi que, com tanto calor e pedregulho, os meus ténis começavam a ficar com a "boca aberta e língua de fora! A sede conquistava-me por completo.

Aproveitei alguma relva para retomar o ritmo normal, mas com tanta subida e descida, estava de rastos!

Voltámos ao chão tipo "rolling stones", agora com uns pedregulhos bicudos, de tão desnivelados que era, até irritava!


Tentei abstrair-me da situação.

"Let’s look at the trailers"!

Carambas………….este ano é só saúde! Muita participação feminina, todas aperaltadas e coisa e tal ……………..!

Passámos na pedreira, e encontrámos uma ambulância lá parada. Só para eventuais necessidades.

Fugimos do sítio apocalíptico………………………..


Lá ao fundo já lá via o castelo. Lembrei-me das tostas com doce do ano passado. Maravilha…………………………mas já não havia.

Afoguei-me em água e apanhámos o caminho para a vila e para a praia.

O Eduardo meteu o turbo e só o encontrei na meta.

Cansado e esgotado assumi o final com muita vontade.


Achei espetacular, o final deste ano.

Imaginem:


Uma praia de areia dourada, com um mar azul, famílias brincando na agua, namorados apanhando um bronze de mão dada, um estrado elevado de ripas de madeira circunda pelas várias estruturas balneares e………………….uns lunáticos de cores berrantes surgem do nada, com uma mochila as costas e de um olhar esgazeado a correr que nem uns loucos para um arco com a palavra meta inscrito!

Estupidamente lindo!


5 Horas depois entravámos na ponte 25 de Abril a caminho de casa:

Eduardo: Como é que é, para o ano vamos fazer os 55 Km´s do ultra?

Preferi nem se quer responder ao convite. Para já quero é ver se a patroa lá de casa me abre a porta!